terça-feira, 22 de novembro de 2011

Dicas para o Trabalho de Conclusão de Curso

Tenho visto tanta manifestação desesperada sobre o TCC, então resolvi postar uma dica do livro de Rachel Polito: Superdicas para um TCC, da Editora Saraiva, para que, no meio de tanta preocupação, não esqueçam de algo simples mas tão importante: os convidados.


Os convidados para a apresentação
Muitas vezes, por timidez, medo do desempenho ou por achar que as pessoas não se interessarão, você pode pensar em não convidar muita gente ou ninguém para a sua apresentação. Lembre-se de que, se for um trabalho de graduação, será um dos momentos mais importantes da sua vida - nada melhor do que a família e os amigos para compartilhá-lo com você.
Depois de terminada a apresentação, o que escuto daqueles que não tiveram coragem de convidar pessoas queridas para a apresentação é: "que pena que não convidei meus pais e amigos. Teria sido ótimo. Foi tudo tão tranquilo".
Pense no orgulho que seus pais terão ver um filho formado. Imagine a festa que poderá fazer com seus amigos após a conclusão da banca. Depois de estudar por quatro ou cinco anos ninguém melhor para compartilhar esse momento do que as pessoas mais próximas a você.
Lembre-se de convidar o seu cliente, se estiver realizando um projeto - se isso já não for uma obrigatoriedade do seu curso ou uma exigência do seu orientador. O fato de o cliente assistir ao trabalho concluído dá maior credibilidade ao processo e à sua finalização e pode, também, trazer uma oportunidade de negocio para você - como a compra do projeto - ou até abrir as portas do mercado.

Na próxima vou falar do traje.

Até mais!

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Que fique claro

Não sou partidária, muito pelo contrário, não quero saber de ideologias, o que sei, é o que vejo, o que sinto. E vejo um bando de individualistas querendo apenas o poder, pouco preocupados com a maioria, com o povo. PT, PSDB, PB, PRP, PTdoB, PP etc., todos preocupados em resolver o seu problema. E o que sinto é que somos constantemente enganados. Afinal, você já ouviu de algum partido a proposta de governar para o povo, independente de ideologias; todos juntos? Ou ainda, algum político abrir mão de seu polpudo salário em prol da saúde pública, por exemplo?
Alguém notou o mínimo de pudor quando rapidamente votam pelo próprio aumento? E quanto à aposentadoria? Alguém soube de algum parlamentar que propôs: se o cidadão comum precisa de 35 anos para se aposentar com um salário mínimo, na sua grande maioria, eu também quero!
Não, o melhor é não ter ideologias nem partidos, é enxergar a realidade. Não tive tempo de conhecer a política de perto, sabe por quê? Enquanto os filhinhos de papai estudavam nos melhores colégios eu estudava em colégio público e, enquanto esses mesmos filhinhos de papai, que protestavam contra o sistema e estudavam em universidades públicas, gratuitas, eu trabalhava para pagar minha faculdade, aliás, desde os catorze anos, ou seja, não tive tempo para protestar, para ambicionar o poder. E quando falo de filhinhos de papai não exclua nomes de políticos que eu até admirei um dia. E, quando uma luz no final do túnel apareceu, vi um partido dito “do trabalhador” que não fez diferente, pelo contrário, tenta uma política populista; receita de ditadores.
Uma ocasião ouvi de um colega, com ideologias “trabalhistas”, que sou burguesa. Bem, se ser burguesa é trabalhar desde os catorze anos para pagar as contas básicas e não ter tempo de fazer panelaço na Paulista ou coisa do tipo, então, sou burguesa. Uma burguesa que tem que trabalhar muito e esperar 30 anos para uma aposentadoria e ganhar um salário que me dê condições de comprar remédios e pagar impostos para sustentar esses políticos protagonistas de um mesmo espetáculo onde só mudam os atores.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Retorno crítico

Enfim, hora de retomar o blog. Muito tempo calada.

Ontem lembrei de uma música do Chico Buarque que dizia: "apesar de você amanhã há de ser outro dia". Bem, eu presenciei esse "outro dia". Sem muita euforia, pois a vida continuou normal.
Mas e agora? Apesar de "vocês", será que amanhã será outro dia? Estou perdendo a esperança. Entra governo, sai governo e nada muda, os dias são iguais. O tal "governo do povo" só mudou de protagonistas, tudo continua igual, ou pior.
Pior ainda é notar que quem poderia mudar alguma coisa escolhe como representante um palhaço.
Bem, já que escolheram, que tal o palhaço integrar a comissão de Educação e Cultura da Câmara? Ótimo, é tudo uma palhaçada mesmo. Então, continuemos a rir de nossa própria desgraça...

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Só de sacanagem

Hoje fiquei com medo, quando recebi a Veja, tão tendenciosa com a comunista e revolucionária Dilma numa capa de moldura vermelha, então, para amenizar o medo de Dilma, resolvi ouvir Ana Carolina e para compartilhar com vocês, transcrevo "Só de Sacanagem", texto de Elisa Lucinda:

Meu coração está aos pulos! Quantas vezes minha esperança será posta a prova? Por quantas provas terá ela que passar?
Tudo isso que está aí no ar: malas, cuecas que voam entupidas de dinheiro. Do meu dinheiro, do nosso dinheiro que reservamos duramente pra educar os meninos mais pobres que nós, pra cuidar gratuitamente da saúde deles e dos seus pais. Esse dinheiro viaja na bagagem da impunidade e eu não posso mais. Quantas vezes, meu amigo, meu rapaz, minha confiança vai ser posta a prova? Quantas vezes minha esperança vai esperar no cais? É certo que tempos difíceis existem pra aperfeiçoar o aprendiz, mas não é certo que a mentira dos maus brasileiros venha quebrar no nosso nariz. Meu coração tá no escuro. A luz é simples, regada ao conselho simples de meu pai, minha mãe, minha avó e todos os justos que os precederam. 'Não roubarás!', 'Devolva o lápis do coleguinha', 'Esse apontador não é seu, minha filha'. Ao invés disso, tanta coisa nojenta e torpe tenho tido que escutar! Até habeas corpus preventiva, coisa da qual nunca tinha visto falar, sobre o qual minha pobre lógica ainda insiste: esse é o tipo de benefício que só ao culpado interessará! Pois bem, se mexeram comigo, com a velha e fiel fé do meu povo sofrido, então agora eu vou sacanear! Mais honesta ainda eu vou ficar! Só de sacanagem!
Dirão: 'Deixe de ser boba! Desde Cabral que aqui todo mundo rouba!
E eu vou dizer: 'Não importa! Será esse o meu carnaval! Vou confiar mais e outra vez. Eu, meu irmão, meu filho e meus amigos.'
Vamo pagar limpo a quem a gente deve e receber limpo do nosso freguês. Com o tempo, a gente consegue ser livre, ético e o escambal.
Dirão: 'É inútil! Todo mundo aqui é corrupto desde o primeiro homem que veio de Portugal!'
E eu direi: 'Não admito! Minha esperança é imortal, ouviram? Imortal!'
Sei que não dá pra mudar o começo, mas, se a gente quizer, vai dar pra mudar o final!





Até a próxima...

Rayneci

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Cordel ou BBB, Cordel....claro!

Faz tempo que não escrevo aqui, pura falta de tempo, como sempre. Preparando aulas, ministrando palestras, fazendo algumas entrevistas para a revista. Mas não resisti, tenho que postar aqui um cordel que me foi enviado por uma amiga. Quem dera isso se transforme numa "contracultura" ou seria: à favor da cultura??? Filosofia barata pra lá, o melhor tá aqui:

BIG BROTHER BRASIL
Autor: Antonio Barreto,

Cordelista natural de Santa Bárbara-BA,
residente em Salvador.


Curtir o Pedro Bial
E sentir tanta alegria
É sinal de que você
O mau-gosto aprecia
Dá valor ao que é banal
É preguiçoso mental
E adora baixaria.

Há muito tempo não vejo
Um programa tão ‘fuleiro’
Produzido pela Globo
Visando Ibope e dinheiro
Que além de alienar
Vai por certo atrofiar
A mente do brasileiro.

Me refiro ao brasileiro
Que está em formação
E precisa evoluir
Através da Educação
Mas se torna um refém
Iletrado, ‘zé-ninguém’
Um escravo da ilusão.

Em frente à televisão
Lá está toda a família
Longe da realidade
Onde a bobagem fervilha
Não sabendo essa gente
Desprovida e inocente
Desta enorme ‘armadilha’.
Cuidado, Pedro Bial
Chega de esculhambação
Respeite o trabalhador
Dessa sofrida Nação
Deixe de chamar de heróis
Essas girls e esses boys
Que têm cara de bundão.

O seu pai e a sua mãe,
Querido Pedro Bial,
São verdadeiros heróis
E merecem nosso aval
Pois tiveram que lutar
Pra manter e te educar
Com esforço especial.

Muitos já se sentem mal
Com seu discurso vazio.
Pessoas inteligentes
Se enchem de calafrio
Porque quando você fala
A sua palavra é bala
A ferir o nosso brio.

Um país como Brasil
Carente de educação
Precisa de gente grande
Para dar boa lição
Mas você na rede Globo
Faz esse papel de bobo
Enganando a Nação.

Respeite, Pedro Bial
Nosso povo brasileiro
Que acorda de madrugada
E trabalha o dia inteiro
Dar muito duro, anda rouco
Paga impostos, ganha pouco:
Povo HERÓI, povo guerreiro.

Enquanto a sociedade
Neste momento atual
Se preocupa com a crise
Econômica e social
Você precisa entender
Que queremos aprender
Algo sério – não banal.
Esse programa da Globo
Vem nos mostrar sem engano
Que tudo que ali ocorre
Parece um zoológico humano
Onde impera a esperteza
A malandragem, a baixeza:
Um cenário sub-humano.

A moral e a inteligência
Não são mais valorizadas.
Os “heróis” protagonizam
Um mundo de palhaçadas
Sem critério e sem ética
Em que vaidade e estética
São muito mais que louvadas.

Não se vê força poética
Nem projeto educativo.
Um mar de vulgaridade
Já tornou-se imperativo.
O que se vê realmente
É um programa deprimente
Sem nenhum objetivo.

Talvez haja objetivo
“professor”, Pedro Bial
O que vocês tão querendo
É injetar o banal
Deseducando o Brasil
Nesse Big Brother vil
De lavagem cerebral.

Isso é um desserviço
Mal exemplo à juventude
Que precisa de esperança
Educação e atitude
Porém a mediocridade
Unida à banalidade
Faz com que ninguém estude.

É grande o constrangimento
De pessoas confinadas
Num espaço luxuoso
Curtindo todas baladas:
Corpos “belos” na piscina
A gastar adrenalina:
Nesse mar de palhaçadas.

Se a intenção da Globo
É de nos “emburrecer”
Deixando o povo demente
Refém do seu poder:
Pois saiba que a exceção
(Amantes da educação)
Vai contestar a valer.

A você, Pedro Bial
Um mercador da ilusão
Junto a poderosa Globo
Que conduz nossa Nação
Eu lhe peço esse favor:
Reflita no seu labor
E escute seu coração.

E vocês caros irmãos
Que estão nessa cegueira
Não façam mais ligações
Apoiando essa besteira.
Não deem sua grana à Globo
Isso é papel de bobo:
Fujam dessa baboseira..

E quando chegar ao fim
Desse Big Brother vil
Que em nada contribui
Para o povo varonil
Ninguém vai sentir saudade:
Quem lucra é a sociedade
Do nosso querido Brasil.

E saiba, caro leitor
Que nós somos os culpados
Porque sai do nosso bolso
Esses milhões desejados
Que são ligações diárias
Bastante desnecessárias
Pra esses desocupados.

A loja do BBB
Vendendo só porcaria
Enganando muita gente
Que logo se contagia
Com tanta futilidade
Um mar de vulgaridade
Que nunca terá valia.

Chega de vulgaridade
E apelo sexual.
Não somos só futebol,
baixaria e carnaval.
Queremos Educação
E também evolução
No mundo espiritual.

Cadê a cidadania
Dos nossos educadores
Dos alunos, dos políticos
Poetas, trabalhadores?
Seremos sempre enganados
e vamos ficar calados
diante de enganadores?

Barreto termina assim
Alertando ao Bial:
Reveja logo esse equívoco
Reaja à força do mal…
Eleve o seu coração
Tomando uma decisão
Ou então: siga, animal…

FIM

Salvador, 16 de janeiro de 2010.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Sem tempo....

Alguém me despertou hoje. Foi o Geraldo Lima, um novo amigo blogueiro que comentou no meu blog. Então percebi novamente que o abandonei. Não o amigo; o blog.

Sim, a cabeça anda a mil, com muitas idéias, mas o tempo não ajuda. Acredito que não é só comigo. As pessoas correm cada vez mais e consequentemente vivem cada vez menos. Não estou me referindo aos anos de vida, afinal a perspectiva de média de vida do brasileiro é de 71 anos; segundo o IBGE. Refiro-me à qualidade de vida, estou falando de tempo de curtir a família, tempo de sentir a natureza e tantas coisinhas mais.
Alguém analisou desta forma o caso que ocorreu na semana passada? A mãe que esqueceu seu bebê no carro e foi trabalhar. Trabalhou oito horas exigidas pela empresa e a criança cozinhando dentro do carro. Eu não acredito que foi maldade desta mãe, pelo contrário; ter filhos hoje em dia significa ter muitos gastos. As crianças são encaminhadas às escolinhas muito cedo, as mães não podem mais ficar em casa cuidando das crianças, o que o pai ganha não é mais suficiente para isto. Quando chega o período de colocá-los na escola, ninguém deseja ver os filhos em escola pública. Mais um gasto: escolas particulares. E quando os filhos chegam ao final do nível secundário a maioria dos pais acham fundamental mandá-los para outro país fazer um intercâmbio, afinal todas as “boas” famílias fazem o mesmo.

Mas será mesmo que tem que ser assim? Lembro, quando eu era pequena (por sinal há muito tempo), que dávamos valor a coisas mais simples. Por exemplo, o natal: o que importava mesmo não era a mesa farta e sim os parentes que se reuniam em volta da mesma. Fui criada numa família matriarcal, tudo girava em torno da minha avó. Minha mãe e minha avó, que morava conosco, montavam no quintal uma grande mesa feita de portas velhas apoiadas em cavaletes. Não tinha lugar para todos então as crianças recebiam os pratinhos prontos pelos adultos e sentavam no chão, mas era muito divertido.

E a comida? Uma bela macarronada da nona e uns frangos assados, que eram criados no quintal mesmo. Aliás, minha avó era impiedosa na hora de matá-los, eu odiava ver aquilo mas, adorava comer as coxinhas, quando tinha sorte, comia duas.

Era tudo muito simples, mas éramos felizes. Não tínhamos internet, celular, smart fone... Nem fax existia ainda. Telefone era coisa de gente rica.

As pessoas trabalhavam muito sim, mas o suficiente para ter uma família feliz e, naquela época, não lembro de ter ouvido os adultos comentarem de alguém que esqueceu filho ou o perdeu para as drogas; no máximo, histórias de um bêbado chato na vizinhança.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Quiça...

Quiça eu consiga aqui expressar todo meu sentimento.
Manipular a vontade, aceitar o inevitável. Sentir profundamente.
Viver o impossível, aceitar o possível.
Quiça eu consiga aqui me entregar sem medo.